O Ministério da Defesa da Rússia disse, na plataforma de mensagens Telegram, que um ataque ucraniano com “três aparelhos aéreos não tripulados (…) na região de Kaluga foi frustrado” por volta das 5:00 (3:00 em Lisboa).

“Todos os drones foram detetados e destruídos a tempo pelos sistemas de defesa aérea russos”, disse o ministério, acrescentando que o ataque não causou vítimas ou danos materiais.

As aeronaves não tripuladas foram neutralizadas “no sul da região” de Kaluga, disse o governador local Vladislav Chapcha, também no Telegram.

Os ataques de drones em territórios controlados pela Rússia aumentaram nas últimas semanas, tendo principalmente como alvo Moscovo e a península da Crimeia, anexada pelos russos em 2014.

Esta é a quinta vez que a Rússia afirma ter abatido drones na região de Kaluga desde o início do mês, com o último registado no sábado.

No final de julho e início de agosto, aparelhos aéreos não tripulados conseguiram atingir o distrito comercial de Moscovo, no oeste da capital russa, causando danos na fachada de duas torres de escritórios.

Em maio, dois drones foram abatidos sobre o Kremlin, a sede do Governo russo.

Nas últimas semanas, os drones navais também atingiram navios russos em várias ocasiões, incluindo um petroleiro.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, advertiu, em 30 de julho, que a guerra estava a “regressar gradualmente ao território da Rússia, aos seus centros simbólicos e bases militares”.

“É um processo inevitável, natural e absolutamente justo”, afirmou na altura.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, mas as forças ucranianas lançaram uma segunda contraofensiva em junho, depois de terem recebido novas armas dos aliados ocidentais.

As autoridades de Kiev têm reconhecido que a contraofensiva tem sido lenta e com resultados modestos.

Além do apoio em armas, os aliados ocidentais têm decretado sanções económicas contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Desconhece-se o número de vítimas do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, afirmam que será elevado.