Este ano, a Rússia assinalou a data (09 de maio), que marca a vitória sobre a Alemanha nazi, com desfiles em Moscovo e em São Petersburgo. Os festejos, 73 anos depois do fim do conflito mundial, aconteceram dois dias depois da posse do Presidente russo, Vladimir Putin, para um quarto mandato presidencial.
“Entre 21 a 24 de abril foram identificados 26 terroristas”, disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Oleg Siromolotov, precisando que os suspeitos tinham como objetivo realizar “um atentado com explosivos durante a marcha do Regimento Imortal em Moscovo”, desfile que reúne centenas de milhares de pessoas na capital russa, muitas delas exibindo fotografias de familiares que participaram na Segunda Guerra Mundial.
A célula terrorista, segundo acrescentou o vice-ministro numa entrevista à agência oficial TASS, foi desmantelada na cidade de Novy Urengoi, na região siberiana de Yamalo-Nenetsk, e tinha na sua posse explosivos e armas.
Esta célula com base na Sibéria foi localizada após uma investigação sobre outro grupo extremista desmantelado em 2017.
“Quando começámos a analisar o seu financiamento, vimos que vinha da Turquia e logo localizamos um grupo de reserva na Sibéria”, afirmou Oleg Siromolotov.
A maioria dos islâmicos radicalizados na Rússia são oriundos das antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central, segundo as informações recolhidas pelos serviços de segurança russos. Os mesmos dados indicam que cerca de 4.000 cidadãos russos também constam da listagem oficial de indivíduos radicalizados.
Desde que iniciou a sua intervenção militar na Síria, em finais de setembro de 2015, a Rússia já foi ameaçada por diversas vezes pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) e pelo ramo sírio da rede terrorista Al-Qaida.
Um dos atentados com maior impacto ocorreu a 03 de abril do ano passado, quando uma bomba explodiu numa carruagem do metro de São Petersburgo e matou 16 pessoas e feriu mais de 50.
Segundo um comité de investigação, o artefacto artesanal foi detonado por um suicida oriundo do Quirguistão, Akbarzhon Dzhalilov.
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