“Acabamos de assinar uma declaração sobre as formas e os meios de neutralizar, mitigar e compensar as consequências negativas das medidas coercivas unilaterais”, disse o chefe da diplomacia russa, citado pela agência de notícias Interfax.
Lavrov, que não deu detalhes sobre este acordo, descreveu-o como “um passo importante para aprofundar a coordenação dos esforços da comunidade internacional com o objetivo de superar as sanções ilegais com as quais os Estados Unidos e os seus aliados substituem a diplomacia”.
A Rússia tornou-se o país mais sancionado do mundo após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, estando sujeito a um total de 14.022 medidas coercitivas, das quais 11.327 foram impostas após a entrada de tropas russas em território ucraniano.
O Irão tmabém está sujeito a um grande número de sanções impostas por vários governos e organizações internacionais, que acusam Teerão de apoiar o terrorismo e de atacar navios norte-americanos no Golfo Pérsico, assim como condenam o programa iraniano de enriquecimento de urânio, que teria como objetivo a criação de armas nucleares.
Após o fracasso do acordo nuclear iraniano de 2015, que deveria dar a Teerão uma pausa nas sanções, a pressão ocidental aumentou.
O encontro entre os dois ministros dos Negócios Estrangeiros decorreu à margem da reunião ministerial dos países do Mar Cáspio, realizada hoje em Moscovo, e na véspera da visita que o Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, fará à capital russa para se reunir com o seu homólogo russo, Vladimir Putin.
Raissi vai chegará a Moscovo acompanhado de uma “delegação económica e política”, segundo a agência de notícias oficial IRNA.
As relações entre o Irão e a Rússia fortaleceram-se nos últimos dois anos, desde o início da guerra na Ucrânia, em questões económicas, uma vez que ambos os países enfrentam sanções económicas por parte dos Estados Unidos, mas também em questões políticas e militares.
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