“Em resposta aos atos terroristas do regime de Kiev na região [russa] de Britansk, em 2 de março, as forças armadas da Federação Russa lideraram ataques massivos de represálias”, afirmou o Ministério da Defesa da Rússia em comunicado.

De acordo com o ministério, os ataques foram realizados sobretudo com mísseis supersónicos “Kinjal” (“Punhal”, em russo).

Estes mísseis foram usados pelo Exército russo pela primeira vez no ano passado e caracterizam-se por serem muito manobráveis e conseguirem desafiar os sistemas de defesa antiaérea, segundo Moscovo. São o primeiro armamento hipersónico a ser utilizado em conflitos.

Os ataques russos, os maiores das últimas semanas, mataram pelo menos seis pessoas hoje e cortaram a eletricidade a parte da população e à central nuclear de Zaporijia.

Ao mesmo tempo, os separatistas pró-Rússia da Transdniestria, na Moldávia, afirmaram ter frustrado um ataque que Kiev teria preparado contra os seus líderes, levantando receios de novas tensões neste território instável situado no sudoeste da Ucrânia.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, denunciou as “táticas miseráveis” russas, referindo-se aos bombardeamentos que atingiram nove regiões do país e a capital, Kiev, e atingiram a infraestrutura de energia.

De acordo com o exército ucraniano, a defesa antiaérea destruiu 34 dos 81 mísseis lançados por Moscovo e quatro drones explosivos de fabrico iraniano.

A Rússia tem bombardeado regularmente, desde outubro, as principais instalações de energia da Ucrânia com mísseis e drones, pelo que milhões de pessoas têm vivido sem luz nem aquecimento.

Embora os ataques tenham diminuído nas últimas semanas, as autoridades ucranianas disseram hoje que vários mísseis disparados ao amanhecer atingiram 10 regiões no leste, sul, oeste e em Kiev.