As afirmações da líder moldava “são absolutamente infundadas e sem provas”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado citado pela agência francesa AFP.
O ministério liderado por Serguei Lavrov também acusou a Ucrânia de estar por detrás desta “desinformação” para alimentar as tensões entre Moscovo e as autoridades moldavas.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na semana passada que Kiev tinha intercetado documentos sobre um plano de desestabilização da Moldova.
“O plano inclui ataques a edifícios estatais e tomada de reféns por sabotadores com antecedentes militares disfarçados de civis”, disse Maria Sandu aos jornalistas na segunda-feira.
Sandu reiterou que o objetivo dessas ações “é minar a ordem constitucional e transformar o poder legítimo de Chisinau em ilegítimo para colocar o país à disposição da Rússia”.
Com isso, Moscovo pretende “travar o processo de integração europeia, mas também fazer com que a Moldova possa ser usada pela Rússia na sua guerra contra a Ucrânia”, alertou.
Neste contexto, a líder moldava anunciou um projeto legislativo para dar aos procuradores e aos serviços de informações os “instrumentos necessários para combater eficazmente os riscos para a segurança nacional”.
A Moldova, uma antiga república soviética com 2,6 milhões de habitantes situada entre a Roménia e a Ucrânia, tornou-se pró-ocidental nos últimos anos, o que irritou Moscovo.
O país é candidato à adesão à União Europeia (UE) desde o verão de 2022, tal como a Ucrânia.
A Moldova tem estado em crise desde o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia, há um ano.
Também tem denunciado uma “chantagem energética russa” há meses, com cortes no fornecimento de gás para metade.
Chisinau tem ainda de lidar com a presença de soldados russos e um grande “stock” de munições na região separatista pró-russa da Transnístria, uma faixa estreita de terra encostada à Ucrânia.
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