O país “não vai contribuir para o orçamento do Conselho da Europa até que sejam restaurados na sua totalidade os direitos da delegação russa” na instituição, disse o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, ao Presidente do Conselho da Europa, Thorbjorn Jagland, em conversa telefónica, refere um comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
A diplomacia russa, num outro comunicado, denunciou a “deterioração da situação” na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE) e a “campanha frenética” por deputados de outros países para normalizar as relações com a Rússia.
Os 18 deputados russos da APCE, com sede em Estrasburgo foram privados do seu direito de voto em abril de 2014, como parte das sanções impostas em resposta à anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia.
Aplicadas as sanções, os representantes eleitos da Rússia fecharam a porta a Estrasburgo e fizeram um boicote ao trabalho da Assembleia Parlamentar, na qual não participam há mais de três anos.
“Em simultâneo, a Rússia continua o seu trabalho significativo no Conselho da Europa”, lê-se também no comunicado da diplomacia russa.
Embora isenta de poder legislativo, a APCE destina-se a promover o diálogo, principalmente questões relacionadas com a democracia e os direitos humanos.
A APCE reúne 318 deputados de parlamentos nacionais dos 47 países membros do Conselho da Europa, quatro vezes por ano, em Estrasburgo.
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