Foi na Versailles, na esquina da rua da Junqueira com a Calçada da Ajuda, mesmo junto ao Palácio de Belém, local que funcionou como sede de campanha de Marcelo Rebelo de Sousa às eleições presidenciais de 2016, que o Presidente em funções anunciou a sua recandidatura.

Uma decisão esperada e dada como certa por muitos — senão todos — e que se soube hoje que iria comunicar. Afinal, nos últimos dias já se sabia que estava por dias.

À chegada, aos jornalistas, fez saber de outra qualidade do lugar escolhido. “Eu nunca almoço, como sabem. Vinha aqui, quando era possível, uma ou outra vez jantar. Sobretudo, vinha aqui várias vezes comer uma coisa que eles têm muito boa: um palmier”.

(haverá uma leitura política a fazer da escolha?)

Marcelo, o candidato, num discurso com pouco mais de oito minutos, disse recandidatar-se contra a pandemia e contra a crise.

"A minha primeira palavra é para vos dizer que sou candidato à Presidência da República, porque temos uma pandemia a enfrentar, porque temos uma crise económica e social a vencer, porque temos uma oportunidade única de, além de vencer a crise, mudar para melhor Portugal".

Prestes a completar 72 anos, no dia 12 de dezembro, o atual Presidente da República foi eleito à primeira volta nas eleições de 24 de janeiro de 2016, com 52% dos votos expressos.

Hoje, Marcelo, o candidato, disse ser "exatamente o mesmo de há cinco anos".

"Orgulhosamente português e, por isso, universalista; convictamente católico e, por isso, dando primazia à dignidade da pessoa, ecuménico e contrário a um Estado confessional; assumidamente republicano e, por isso, avesso a nepotismos, clientelismos e corrupções; determinadamente social-democrata e, por isso, defensor da democracia e da liberdade".

Com Marcelo, são já nove os pré-candidatos.

André Ventura foi o primeiro a apresentar publicamente a sua intenção de concorrer a Belém. Seguiram-se o advogado e fundador da Iniciativa Liberal, Tiago Mayan Gonçalves, e o presidente do Partido Democrático Republicano (PDR), Bruno Fialho.

A eurodeputada e dirigente do BE Marisa Matias anunciou em setembro que voltaria a concorrer às presidenciais. A ex-eurodeputada pelo PS Ana Gomes apresentou dias depois, com os socialistas a comunicarem apenas em novembro que a orientação para as eleições presidenciais será a liberdade de voto, sem indicação de candidato preferencial.

A esta lista junta-se ex-militante do CDS Orlando Cruz, João Ferreira pelo PCP e Vitorino Francisco da Rocha e Silva, mais conhecido como Tino de Rans.

Marcelo, o Presidente, marcou as eleições presidenciais para 24 de janeiro.

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