Num relatório divulgado hoje pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, os especialistas britânicos consideram “altamente provável” que esta reduzida margem de manobra tenha implicado atrasos e entregas mais caras.
“O isolamento da Rússia limita o número de países com os quais pode negociar diretamente”, afirmam os peritos britânicos num relatório divulgado na segunda-feira pelo Ministério da Defesa.
Noutro relatório, mas do Instituto para o Estudo das Economias em Transição do Banco da Finlândia, alguns países já estão a pagar prémios de mais de 60% para vender certos bens à Rússia.
A Rússia conseguiu aumentar a produção de algumas munições, mas está a ter dificuldade em obter sistemas mais avançados e complexos que dependem, em princípio, de componentes e tecnologia estrangeiras, segundo os serviços secretos britânicos.
É “provável”, defendem os britânicos, que a cadeia de abastecimento continue a enfrentar dificuldades a curto prazo, agravadas pelas limitações da Rússia na exportação do seu próprio equipamento, incluindo as dificuldades em estabelecer mecanismos de pagamento para contornar as sanções internacionais.
Segundo o Instituto Internacional de Investigação para a Paz de Estocolmo (SIPRI), a Rússia representa apenas 11% do comércio mundial de armas, menos dez pontos percentuais do que entre 2014 e 2018.
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