“Criar uma empresa pública para gerir as florestas é o pior que podiam fazer. É mesmo um vício, é um erro, a prevenção tem de estar próxima das pessoas, a empresa pública é tudo menos aconselhável”, defendeu Pedro Santana Lopes, numa intervenção perante as Mulheres Social-Democratas, uma estrutura informal e sem estatuto jurídico no PSD.
Já depois de Rui Rio ter falado no mesmo fórum, em Lisboa, também Santana Lopes foi questionado sobre o que faria em matéria de resposta aos incêndios se fosse primeiro-ministro, tendo recordado a sua experiência enquanto autarca na Figueira da Foz, entre 1997 e 2001.
“Acredito que, em matéria de prevenção, as autarquias devem ter um papel determinante, tendo também os poderes coercivos inerentes”, disse, lembrando que na Figueira manteve postos de vigia 24 horas por dia e um helicóptero em permanência no concelho.
“Na altura, alguns brincaram dizendo que eu queria era andar de helicóptero (…). Fiz tudo isto e praticamente não tivemos área ardida”, salientou.
Em matéria de incêndios, Santana Lopes disse esperar que o Governo trate de igual forma todos os concelhos afetados pelos incêndios deste verão e lamentou que, por exemplo, Mação não esteja incluído no projeto-piloto de reflorestação.
Santana Lopes recordou que, no âmbito da campanha interna, já esteve no terreno nas regiões afetadas pelos incêndios.
“Eu fui conhecer, nem todos foram”, disse, salientando que, em 2008, quando foi candidato à liderança do PSD e perdeu para Manuela Ferreira Leite, já defendia o mesmo em matéria de coesão territorial.
“O país neste momento precisa de alguém com esse perfil, que faça, gente fechada em gabinetes e distante do povo, neste momento não”, defendeu.
O PSD vai escolher o seu próximo presidente em eleições diretas a 13 de janeiro e, até agora, apresentaram-se como candidatos Pedro Santana Lopes e Rui Rio.
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