"Sempre defendi e defendo a solidariedade institucional entre Presidente da República e Governo, mas não é preciso exagerar, é preciso equilíbrio", acentuou Pedro Santana Lopes na sua primeira intervenção no congresso fundador da Aliança, que decorre em Évora até domingo.
O antigo primeiro-ministro disse não ter gostado de ver Marcelo "saltar como saltou" na questão da greve dos enfermeiros, recordando que o executivo de António Costa trata com "dois pesos e duas medidas" a bastonária da Ordem e o "senhor da Fenprof".
Santana Lopes elogiou, contudo, a seriedade e a competência do Presidente da República, mas recusou-se a dar-lhe apoio antecipado, até porque "o homem ainda não decidiu se se recandidata ou não".
"Nesta altura, o que tenho de dizer ao Sr. Presidente da República é que vamos ser exigentes com ele", sublinhou, ressalvando, contudo, que a Aliança está "ao lado" de Marcelo.
"A Aliança não é oposição ao sr. Presidente da República, nem quer ser", frisou, lembrando que tem estado ao lado de Marcelo quando este tem sido atacado, nomeadamente nos casos do bairro da Jamaixa, no Seixal, ou no caso do furto de armas em Tancos.
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