“O vosso desafio é continuarem a ser tão inovadores, abertos e cosmopolitas como as gerações anteriores” de emigrantes portugueses, disse o ministro aos jovens reunidos em Lisboa para o 6.º Fórum de Graduados Portugueses no Estrangeiro (GraPE).
Santos Silva apoiou a sua intervenção em dados do mais recente Relatório da Emigração, apresentado hoje pelo Observatório da Emigração, para apontar os principais indicadores e tendências da emigração portuguesa.
Segundo estimativas citadas pelo ministro, só em 16 dos 194 países membros da ONU não há portugueses registados como residentes.
“Há neste momento portugueses a residir em 178 países diferentes do mundo”, disse Santos Silva, acrescentando que esta é “uma boa medida do nível de dispersão da diáspora”, mas também “da capacidade de adaptação” dos portugueses.
A emigração, uma “constante histórica desde o século XV”, tem registado mudanças, quer quanto aos países de destino, quer quando à idade e ao perfil dos emigrantes, quer quanto ao mundo em que se movimentam, explicou.
“Uma mudança que vocês espelham melhor que ninguém”, disse o ministro ao auditório composto quase exclusivamente por jovens altamente qualificados de todo o país emigrados em diferentes países do mundo, com destaque para a Europa.
Santos Silva considerou que os muitos portugueses na Europa, que nos últimos se constituiu como destino principal de emigração, “já não são tecnicamente emigrantes”, vivendo “num espaço de estudo e trabalho supranacional que é a União Europeia” e para quem “a referência geográfica é o mundo”.
Nesse sentido, frisou o ministro, estes portugueses estão numa posição privilegiada e têm “um papel absolutamente essencial” no combate as divisões que ameaçam a Europa.
Cabe-lhes também, defendeu, contribuir para uma promoção de Portugal no mundo que permita atrair “mais investimento, mais visitantes e mais residentes” e ajudar a construir a internacionalização em diferentes domínios, designadamente na inovação.
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