Augusto Santos Silva sublinhou, em declarações aos jornalistas, em Bruxelas, que o facto de estudantes nos Estados Unidos poderão realizar, pela primeira vez, um exame de língua portuguesa para obterem créditos no acesso às principais instituições norte-americanas de ensino superior “permite dar maior coerência e visibilidade ao ensino do português nos EUA”.
A obtenção de créditos para candidaturas ao ensino superior através de exames de português será possível já a partir de abril, esclareceu.
“O facto de o português passar a ser também, a partir deste ano, uma língua cuja proficiência credita para efeitos de acesso ao ensino superior significa poder unir os dois segmentos” em que é ensinada, salientou Santos Silva.
O ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que o ensino do português nos Estados Unidos tem dois segmentos, sendo o primeiro dirigido a comunidades portuguesas e lusodescendentes, focado nos ciclos básico e secundário.
O segundo segmento, adiantou, “é a oferta de formação superior em português em várias instituições de ensino superior”, sendo esta organizada em termos de licenciatura ou mestrados em português, ou como oferta curricular inserida noutros ‘curricula’.
“Em abril de 2017, pela primeira vez, os estudantes nos Estados Unidos poderão realizar exame NEWL (National Examinations in World Languages) de língua portuguesa para obter créditos no acesso às principais instituições norte-americanas de ensino superior”, referiu uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
De acordo com o comunicado, o programa AP (Advanced Placement) da associação de estabelecimentos de ensino norte-americanos “College Board” reconhece os exames NEWL da American Councils for International Education, incluindo para efeitos de contagem de créditos no ensino secundário e no acesso ao ensino superior, recomendando-os aos seus associados.
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