“Quando o novo Governo for constituído, o que nós temos que fazer é saudar o seu início de funções e renovar a nossa expectativa de que esse novo Governo possa contribuir para o desenvolvimento da União Europeia, não para um retrocesso na integração europeia, que seria de todo indesejável”, afirmou Augusto Santos Silva em declarações aos jornalistas à margem da conferência de lançamento do novo programa Exportar Online, em Matosinhos, no Porto.
Considerando “importante que o Governo se forme, porque a estabilidade política em Itália é necessária para o conjunto da zona euro e para o conjunto da União Europeia”, o governante afirmou-se “certo que o novo Governo italiano conhece bem as suas obrigações, que decorrem do facto de a Itália ser membro da zona euro e da União Europeia”.
“Também estou certo que o novo Governo italiano conhece bem as responsabilidades históricas muito próprias de Itália, que é um dos países fundadores das então Comunidades Económicas Europeias”, acrescentou.
Relativamente às relações entre Portugal e Itália, Santos Silva recordou que este país “tem sido um aliado muito próximo de Portugal” e afirmou contar poder “continuar a desenvolver as parcerias formais e informais” entre os dois países.
Os partidos populistas de Itália Liga (extrema-direita) e Movimento 5 Estrelas (antissistema) apresentaram na sexta-feira um “contrato de Governo” que defende a revisão da estrutura de governação económica europeia, incluindo a política monetária, o pacto de estabilidade, o pacto orçamental ou o mecanismo europeu de estabilidade.
Os líderes dos dois partidos, Luigi di Maio, do M5S, e Matteo Salvini, da Liga, preveem apresentar hoje esse programa ao Presidente italiano, Sergio Mattarella, com vista à formação de um Governo de coligação.
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