Os sapatos tinham sido furtados do Museu Judy Garland em Grand Rapids, Minnesota, terra natal da atriz, quando um homem subiu por uma janela e arrombou uma pequena vitrine. O paradeiro dos sapatos, que são provavelmente os mais famosos do cinema norte-americano, permaneceram um mistério durante 13 anos.

O FBI explicou que um homem contactou a empresa que tinha segurado os sapatos no valor de um milhão de dólares (cerca de 860 mil euros), alegando que poderia ajudar a recuperá-los.

A polícia de Grand Rapids pediu ajuda ao FBI e, após quase um ano de investigação, as autoridades conseguiram recuperá-los em julho, numa operação realizada em Minneapolis.

De acordo com as autoridades norte-americanas, ainda ninguém foi detido ou está acusado, mas existem “múltiplos suspeitos”.

“Não terminámos as investigações. Temos muito trabalho a fazer”, disse o investigador do ministério público de Norte Dakota, Christopher Myers.

A autenticidade dos sapatos foi confirmada através da comparação com um outro par que se encontra no Museu de História Americana do Smithsonian, em Washington. Existem três outros pares iguais usados pela atriz no filme de 1939.

O modelo é coberto por cerca de 2.300 lantejoulas, e, em 2016, a restauração de um par custou mais de 300 mil dólares (cerca de 260 mil euros).

“É incrível. Achámos que eles se tinham perdido para sempre”, disse à agência de notícias France-Presse a representante do museu, Sue Plagemann.

Em 2005, um indivíduo chegou a oferecer anonimamente um milhão de dólares a quem recuperasse os sapatos e identificasse os suspeitos.

Alguns especialistas acreditam que os famosos sapatos podem valer agora quase o triplo deste valor.