De acordo com o texto da autoria de alguns deputados do grupo parlamentar do PSD que deu entrada na sexta-feira no parlamento e que deverá ser discutido na terça-feira – no mesmo dia para o qual está agendada o debate de duas iniciativas sobre o cumprimento do programa nacional de vacinação do CDS-PP – “a vacinação é a melhor forma de prevenção contra o sarampo e, bem assim, o maior obstáculo à sua propagação”.

O PSD recomenda ao Governo que, através dos vários organismos de saúde de âmbito nacional, regional e local, determine “o reforço das medidas de vacinação contra o sarampo, com especial incidência nas crianças e jovens, bem como nos profissionais de saúde em que tal vacinação se justifique, designadamente por estes não terem recebido o número de doses recomendadas”.

Os deputados sociais-democratas defendem ainda que o executivo socialista deve promover “uma campanha pedagógica e informativa para esclarecer a população sobre a validade da vacinação incluída no Programa Nacional de Vacinação, em particular no caso do sarampo”.

Para esta campanha, o PSD sugere que, para lá dos organismos públicos, sejam estabelecidas as necessárias parcerias com instituições não públicas prestadoras de cuidados de saúde, incluindo farmácias comunitárias.

De acordo com o texto, “é absolutamente fundamental fazer perceber a todas as famílias portuguesas que o sarampo é uma das principais doenças contagiosas entre as crianças, não devendo a sua gravidade ser ignorada”, estimando-se que em Portugal “possam existir cerca de 10 a 15 mil crianças que não receberam a vacina tríplice que protege contra o sarampo, papeira e rubéola”.

“Acresce que um eventual decréscimo ou atraso na toma das vacinas poderá favorecer a diminuição da proteção das pessoas, especialmente quando se trate de crianças, contra as doenças evitáveis por vacinação”, alertam.

O PSD “considera fundamental manter a tranquilidade pública em torno desta matéria, sendo certo que importa, precisamente com vista à manutenção daquela, que o Governo tome as medidas necessárias para, não apenas controlar o presente surto e reduzir o seu impacto, como para garantir que o mesmo não se repetirá”.

“Impõe-se, assim, o reforço das medidas de vacinação contra o sarampo, com especial incidência nas crianças e jovens, bem como nos profissionais de saúde em que tal vacinação se justifique, designadamente por estes não terem recebido o número de doses recomendadas”, defendem.

Também na sexta-feira, o grupo parlamentar do PCP apresentou no parlamento um projeto de resolução que recomenda ao Governo do PS a adoção de medidas enquadradas numa campanha nacional sobre vacinação, relacionada com o recente surto de sarampo.