Amália e Estrela Carvas conheceram-se em 1960. Começou então uma forte amizade e em 1973 Estrela passou a trabalhar para a fadista.
Amália Rodrigues faleceu a 6 de outubro de 1999. Por testamento, instituiu uma Fundação com o seu nome para a qual Estrela Carvas trabalhava.
De acordo com o 'Jornal de Notícias', Estrela Carvas, de 71 anos, interpôs um processo contra a Fundação Amália Rodrigues, onde trabalhava como guia turística, desde junho de 2001, por vontade da fadista.
A Fundação Amália Rodrigues comunicou a caducidade do contrato de trabalho a 1 de março de 2019, com efeitos a partir de 14 de maio do mesmo ano. É este despedimento que Estrela Carvas contesta no processo que deu entrada no Tribunal do Trabalho de Guimarães, e que o JN teve acesso.
A antiga secretária diz ter sido despedida "sem justa causa e sem precedência de qualquer processo disciplinar" e acusa a empregadora de a ter mantido como trabalhadora sem a inscrever Segurança Social (SS) entre junho de 2001 e abril de 2010.
Escreve ainda o JN que Estrela Cavas reclama 57.850 euros de diferença salarial entre o que devia ter sido pago em salários e o que efetivamente recebeu ao longo dos 18 anos de trabalho. A esta parcela juntam-se mais duas, referentes aos subsídios de Natal e de férias.
A secretária de Amália Rodrigues pede ainda 10 mil euros por danos morais, por se ter sentido "vexada na sua dignidade e brio profissional". No total são cerca de 80 mil euros, com juros, que reclama. Acrescenta a isso o pedido de regularização dos descontos para a SS e a taxa social única.
Em resposta ao JN, Vicente Rodrigues, presidente da fundação, refuta "as insinuações e acusações", prometendo que serão "devidamente infirmadas".
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