Uma semana após ter apoiado a sua permanência no poder, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, pediu esta quinta-feira a saída de Bashar al-Assad da chefia do Governo sírio, após um alegado ataque químico no país que fez, segundo o último balanço, 86 mortos.
"O papel de al-Assad no futuro é incerto após os atos que cometeu. Parece-me que não deve desempenhar qualquer papel de governação para com o povo sírio", declarou Tillerson, no aeroporto de West Palm Beach, na Flórida, onde recebeu o presidente chinês, Xi Jinping, voltando a defender "um processo político que conduza à saída de Al-Assad".
O secretário de Estado prometeu ainda dar "uma resposta apropriada" ao suposto ataque químico cometido na terça-feira na Síria, que deixou dezenas de mortos.
Prevemos "uma resposta apropriada às violações de todas as resoluções prévias da ONU, das normas internacionais", disse.
Enquanto isso, a bordo do avião presidencial Air Force One que o levava para a Flórida para se encontrar com o presidente chinês, Trump condenou a atitude de Assad, quem responsabilizou pelo "terrível" ataque, e deixou sugeriu adotar possíveis ações.
"O que Assad fez é terrível", disse Trump. "O que aconteceu na Síria é uma vergonha para a humanidade e ele está lá [no poder]; eu suponho que ele está a gerir as coisas, logo penso que algo deveria acontecer".
O ataque impeliu diversos países ocidentais a questionarem o regime de Bashar al-Assad. Damasco continua a negar qualquer envolvimento no ataque, enquanto Moscovo considerou “inaceitável” um projeto de resolução apresentado na ONU por Estados Unidos, França e Reino Unido, que condena o ataque de terça-feira.
[Notícia atualizada às 21h40]
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