Em declarações no programa de televisão “Fox News Sunday”, do canal norte-americano Fox, Mike Pompeo classificou “muito séria” esta nova escalada de violência, em que morreram, até agora, três civis israelitas e nove palestinianos, entre os quais um bebé de 14 meses.
“O surto foi uma das mais sangrentas batalhas desde a guerra de 2014. Rockets palestinianos mataram pelo menos três israelitas e feriram mais de cem pessoas. Ataques aéreos retaliatórios israelitas mataram pelo menos nove palestinianos e feriram mais de 110″, disse o secretário de Estado norte-americano, esperando que se possa “regressar ao cessar-fogo que esteve em vigor durante semanas”.
Desde sábado que os palestinianos lançaram cerca de 600 ‘rockets’ contra Israel, que respondeu com bombardeamentos sobre objetivos militares da Faixa de Gaza.
A aviação israelita continuou a atacar diversos objetivos do Hamas, que controla o enclave, e da organização islamita Jihad Islâmica, aos quais responsabiliza pela escalada de violência.
O enviado da ONU para Médio Oriente pediu hoje, na rede social Twitter, o fim da violência em Israel e na Faixa da Gaza.
“Vidas palestinianas e israelitas foram perdidas, pessoas feridas, casas danificadas e destruídas”, escreveu Nickolay Mladenov, pedindo para que se regresse “aos entendimentos dos últimos meses antes que seja tarde demais”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje que deu instruções ao exército israelita para continuar com os “ataques massivos” contra alvos do Hamas e da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza.
“Dei instruções ao exército para continuar os ataques massivos contra os elementos terroristas da Faixa de Gaza, e ordenei para que as forças estacionadas em redor da Faixa de Gaza fossem reforçadas com tanques, artilharia e tropas”, disse Netanyahu ao conselho de ministros, de acordo com seus serviços.
Esta escalada de violência segue-se às manifestações de sexta-feira, as mais violentas das últimas semanas, desde se iniciaram em março do ano passado, para reivindicar o regresso dos refugiados e o fim do bloqueio.
As Nações Unidas e o Egito estão a mediar desde a última noite as partes para conter a escalada de violência e retomar o acordo de “calma por calma”, que inclui um alívio do bloqueio em Gaza e o fim da instabilidade na fronteira pela parte das milícias.
Israel, que como a União Europeia ou os Estados Unidos, considera o Hamas uma organização terrorista, mantém o enclave sob bloqueio desde que os islamitas assumiram o poder em 2007 e responsabiliza-os pela violência procedente da Faixa de Gaza.
As Nações Unidas, o Egito e o Qatar têm trabalhado nos últimos meses para um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, grupo islâmico que governa a Faixa de Gaza.
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