“A situação no campo de batalha continua extremamente difícil. O objetivo do Presidente (russo Vladimir) Putin de dominar a Ucrânia não mudou e não há qualquer indicação de que esteja a preparar-se para a paz”, afirmou Stoltenberg numa mensagem gravada.
“Mas não devemos perder a esperança. A Ucrânia demonstrou repetidamente as suas capacidades notáveis e a sua determinação feroz”, insistiu no vídeo, que foi publicado no sítio Web da NATO.
O segundo aniversário do conflito ocorre numa altura em que as tropas ucranianas, mal equipadas, lutam para manter a linha da frente e persiste a incerteza quanto ao apoio dos Estados Unidos, cujo novo pacote de ajuda foi bloqueado no Congresso.
Jens Stoltenberg recordou as recentes promessas de ajuda militar dos países da NATO, “no valor de vários milhares de milhões de dólares”.
“Isto abrange capacidades decisivas, como munições de artilharia, defesa aérea e navios de combate, bem como equipamento e peças sobressalentes para os (aviões de combate) F-16, drones e equipamento de desminagem. Mais apoios estão a caminho”, detalhou.
“Moscovo lançou esta guerra com o objetivo de fechar a porta da NATO à Ucrânia, negando-lhe o direito de escolher o seu próprio caminho, mas está a acontecer exatamente o contrário. A Ucrânia está mais próxima do que nunca da NATO”, afirmou Jens Stoltenberg.
Para o secretário-geral da aliança atlântica, a Ucrânia irá aderir à NATO. “A questão não é ‘se’, mas ‘quando’. Enquanto nos preparamos para esse dia futuro, a NATO continuará a estar ao vosso lado, para a segurança da Ucrânia e a nossa”, afirmou.
Hoje, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou a “extraordinária resiliência do povo ucraniano” à sua chegada a Kiev, onde se encontra de visita para assinalar o segundo aniversário do conflito, juntamente com os primeiros-ministros do Canadá, Bélgica e Itália.
A guerra na Ucrânia teve início em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma ofensiva militar com o argumento de que queria defender os territórios pró-russos e eliminar o nazismo no país vizinho.
A invasão russa provocou a crise de segurança mais grave da Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945). Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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