Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa (duas empresas que têm administração comum) cumprem hoje o segundo e último dia de uma greve parcial, de três horas por turno, para reivindicar uma atualização salarial.

Em comunicado, a empresa refere que a greve registou uma adesão à greve, no período da manhã, de 72%, verificando-se uma adesão de 76% na Transtejo e de 67% na Soflusa.

Por seu lado, num balanço feito à Lusa, fonte da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) e do Sindicato dos Transportes Fluviais, cerca das 08:20, apontava para uma adesão ao nível da operacionalidade de 100% nas duas empresas.

À semelhança do primeiro dia, as carreiras de serviços mínimos, decretadas pelo Tribunal Arbitral do CES — Conselho Económico e Social, para as ligações fluviais do Barreiro e de Cacilhas, foram realizadas.

No que diz respeito à procura registada, a empresa diz que a carreira Barreiro-Terreiro do Paço (05:05) transportou 399 passageiros e a de Cacilhas-Cais do Sodré (05:20) 147.

Este serviço de transporte público encontrava-se pelas 10:55 normalizado em todas as ligações fluviais.

Os trabalhadores da Transtejo e da Soflusa (duas empresas que têm administração comum) cumprem hoje o segundo e último dia de greve parcial, de três horas por turno, para reivindicar uma atualização salarial.

Os trabalhadores decidiram realizar greve depois de uma reunião em 30 de junho com a administração que gere as duas empresas e que foi “inconclusiva”.

“Colocamos novamente a questão à empresa de qual era a disponibilidade para negociar e a resposta que a empresa deu foi exatamente a que já tinha dado antes. Ou seja, não tem nada a dizer aos sindicatos. Portanto, tudo ficou na mesma”, justificou na altura Paulo Lopes, da FECTRANS.

Paulo Santos ressalvou que a greve “não é contra a administração”.

“A administração está amarrada de pés e mãos. Os sindicatos estão disponíveis para negociar e, de facto, o Governo que tome as medidas necessárias para que seja possível haver uma negociação”, argumentou.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da Transtejo/Soflusa referiu que a administração “manteve a proposta anteriormente apresentada aos sindicatos” e que se mantém “disponível para dialogar”.

Nos dias 16 e 17 de junho, os trabalhadores da Transtejo/Soflusa realizaram também uma greve parcial, de três e duas horas por turno, por a empresa manter a sua posição de “aumento de 0%” nas negociações salariais, depois de uma primeira luta em 20 de maio.

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.