“A pedido da Ucrânia e em articulação com o Ministério da Administração Interna vamos disponibilizar à Ucrânia a nossa frota de helicópteros Kamov que, em virtude do cenário atual, das sanções impostas à Rússia, deixámos de poder operar, aliás não têm os seus certificados de aeronavegabilidade e nem sequer poderemos repará-los”, anunciou Helena Carreiras.
Falando à imprensa portuguesa em Bruxelas, no final da reunião dos ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), na qual foi discutida a guerra na Ucrânia, a governante apontou estarem em causa “seis helicópteros que precisam de reparação, um deles inoperacional porque foi acidentado”.
Helena Carreiras vincou que estes seis helicópteros Kamov, que serão “transferidos no estado em que estão”, serão “muitíssimo úteis à Ucrânia e essa cedência foi muito agradecida pelas nossas contrapartes ucranianas”.
“Os ucranianos conhecem as condições em que se encontra o material”, apontou a ministra da Defesa, recordando a “cadeia logística de helicómetros semelhantes” detida pela Ucrânia, que os poderá reparar.
A ideia é que a transferência das aeronaves ocorra “o mais rapidamente possível”, adiantou Helena Carreiras.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou a fuga de milhões de pessoas e a morte de milhares de civis, segundo as Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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