“Temos de investir no SNS, acabar com as taxas moderadoras para toda a gente ter acesso à saúde, fazer o caminho para a exclusividade dos profissionais para acabar com a promiscuidade e, claro, quando o SNS não tiver resposta, contratualiza-se com os privados”, afirmou Catarina Martins em Portimão, no Algarve.
Ao intervir no terceiro comício de verão no distrito de Faro, a líder bloquista alegou que a contratualização com os privados “só quando for preciso para o acesso à saúde da população e não porque o hospital privado quer uma renda à conta do SNS como tem acontecido até agora”.
Catarina Martins afirmou que o SNS vai ser o grande debate da próxima legislatura e deixou o aviso: “Quem quer privatizar a saúde tem toda a razão para ficar preocupado com o peso que o Bloco de Esquerda pode ter no país”.
“No momento em que tivermos de escolher entre os lucros do hospital privado ou o acesso à saúde das pessoas, podem ter a certeza de que o Bloco vai escolher o acesso à saúde das pessoas”, assegurou.
Ao falar na zona ribeirinha na cidade de Portimão, a coordenadora do BE frisou que o partido quer que a Lei de Bases da Saúde “seja cumprida e que se faça o caminho para a universalidade do acesso, ou seja, para o fim das taxas moderadoras”.
Para Catarina Martins, “é preciso também acabar com a promiscuidade entre público e privado”, e defendeu “carreiras decentes e valorizadas para os profissionais de saúde e a exclusividade com a dedicação plena ao SNS”.
Na sua intervenção, perante cerca de duas centenas de pessoas, Catarina Martins centrou o seu discurso na saúde, defendendo “que o que é público deve ser gerido pelo Estado e os hospitais privados geridos pelos privados”.
“É preciso combater a promiscuidade em nome do direito à saúde”, advogou.
No terceiro comício de verão do BE no distrito de Faro participaram também os deputados Mariana Mortágua e João Vasconcelos, este cabeça de lista por Faro nas próximas eleições legislativas, marcadas para 06 de outubro.
Na sua intervenção, Mariana Mortágua lembrou algumas das iniciativas bloquistas de combate “a uma elite económica que defraudou o país” e frisou que “é preciso fazer ainda muito mais para acabar com essa elite de pessoas”.
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