O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas sul-coreanas detetou o quinto lançamento de balões no espaço de um mês nos céus da província de Gyeonggi, que circunda Seul e faz fronteira com o Norte.
As Forças Armadas sul-coreanas disseram que cerca de 100 balões, transportando principalmente papel e outros tipos de resíduos, pousaram na região da capital, indicou em comunicado. Nenhum dos balões analisados até agora continha substâncias tóxicas.
O exército pediu aos cidadãos sul-coreanos que não toquem nos balões norte-coreanos e denunciem a localização às autoridades militares e policiais.
Os lançamentos foram efetuados alguns dias depois de o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente russo, Vladimir Putin, terem assinado um importante acordo de defesa que, segundo os observadores, poderá encorajar Kim a dirigir mais provocações à Coreia do Sul.
O Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, considerou o envio de balões por parte da Coreia do Norte e o acordo entre Moscovo e Pyongyang, que inclui um pacto de cooperação ao nível da tecnologia militar, são “atos anacrónicos” que vão contra o progresso da história.
“Recentemente, a Coreia do Norte não hesitou em empreender provocações tão desprezíveis e irracionais, distribuindo balões de lixo”, lamentou o Chefe de Estado, em declarações citadas pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Yoon garantiu que o exército “vai manter uma disposição firme para garantir que a Coreia do Norte não se atreva a desafiar a Coreia do Sul em nenhuma circunstância e responderá de forma esmagadora e decisiva a qualquer provocação do Norte”.
A partir do final de maio, Pyongyang lançou uma série de balões com estrume, pontas de cigarro, trapos, pilhas gastas e vinil sobre várias zonas da Coreia do Sul. Não foram encontrados materiais altamente perigosos.
A Coreia do Norte afirmou que a campanha de balões é uma ação de retaliação contra ativistas sul-coreanos que lançaram panfletos políticos críticos da liderança norte-coreana.
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