O Sindicato dos Jogadores referiu em comunicado enviado às redações que "contrariamente às declarações do líder político do Chega", a postura de Ricardo Quaresma "é irrepreensível".

A nota defende que se trata "de um homem, um cidadão, a exercer felizmente a sua liberdade de expressão e em nome dos ideais que defende". E que, por isso, é merecedor "de toda a solidariedade".

Já o presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, deu os parabéns a Quaresma "porque fez exatamente aquilo que deve mover qualquer pessoa livre e esclarecida, seja jogador de futebol ou não".

Evangelista reitera ainda que a atitude do jogador merece uma mensagem de apoio e de orgulho.

"Um jogador, internacional português, que publicamente defende e alerta para políticas que só promovem o ódio e a discriminação, merece, da minha parte, enquanto dirigente e representante da classe, por um lado e, por outro, enquanto cidadão, uma mensagem de apoio e de orgulho. Um abraço do tamanho do teu futebol, Quaresma", pode ler-se.

Este tema foi levantado durante o debate quinzenal pela coordenadora do BE, Catarina Martins, que disse a Ventura que "as ideias racistas" como o confinamento de ciganos "hão de ir parar ao caixote de lixo de onde nunca deviam ter saído". António Costa também salientou que "não há nenhum problema" com a comunidade cigana e criticou o deputado André Ventura (Chega), que "foi de trivela" e levou "um baile do Quaresma".