“A grande maioria dos serviços está encerrada e os que não estão encerrados estão com muito pouco pessoal e estão a ter grandes dificuldades para assegurar o atendimento dos contribuintes”, afirmou o presidente do STI, Paulo Ralha, à agência Lusa.

O sindicalista adiantou que “todo o trabalho técnico e processual não está a ser efetuado” e que “a greve está a ter um impacto muito grande em toda a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT)”. “A grande maioria dos trabalhadores está de greve e alguns trabalhadores que tinham férias para gozar também estão ausentes”, frisou.

Esta sexta-feira cumpre-se o terceiro dia da greve dos trabalhadores dos impostos, que começou no dia 26 e que se prolonga até ao dia 31 de dezembro (dia em que haverá tolerância de ponto dada pelo Governo).

O presidente do STI afirmou ainda não ter os números da greve, pelo facto de os próprios delegados sindicais estarem em greve e não terem ido ao serviço. “Só no final do mês teremos esses números”, disse Paulo Ralha.

Sobre uma possível extensão de prazos, Paulo Ralha referiu que houve muita divulgação sobre esta paralisação, “suficiente” para que os contribuintes estivessem informados e antecipassem a ida aos serviços das finanças.

O sindicalista sublinhou que só o Governo se poderá pronunciar sobre uma eventual extensão de prazos.

Na quarta-feira, o primeiro dia da greve, a adesão foi “bastante elevada”, levando ao encerramento “da maior parte” dos serviços de finanças, além de afetar os serviços das alfândegas, segundo o STI.

Na origem da greve dos trabalhadores dos impostos está o atraso na negociação das carreiras com o Governo.