Segundo o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, “as forças israelitas bombardearam durante mais de uma hora posições na periferia sul e sudoeste de Damasco”, entre as quais o setor de Kesswa, onde se encontram paióis de armas pertencentes ao Hezbollah libanês e às forças iranianas”.
“Os ataques visam, igualmente, setores do sul da Síria, na fronteira da província de Quneitra”, situada perto de Israel, acrescentou.
Abdel Rahman relatou “diversas explosões” nas regiões visadas, asseverando que os disparos da defesa antiaérea eram “intensivos”.
Por sua vez, a imprensa oficial síria noticiou disparos contra “alvos hostis” perto de Damasco, sem fornecer pormenores.
“A nossa defesa antiaérea entrou em ação e visou alvos hostis sobre a região de Kesswa”, na periferia de Damasco, indicou a agência Sana.
Esta terminologia é muitas vezes utilizada pelo regime sírio para designar aviões ou mísseis israelitas.
Os disparos das baterias antiaéreas prosseguiram ao início da noite, tendo a agência Sana afirmado que a defesa antiaérea “destruiu todos os alvos hostis”, que “não atingiram o seu objetivo”.
O Irão e o Hezbollah, inimigos de Israel, estão a ajudar o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra civil na Síria, e as suas posições no país foram alvo de vários ataques aéreos israelitas.
O setor de Kesswa já foi visado por bombardeamentos israelitas que provocaram incêndios e mataram combatentes dos Guardiães da Revolução iranianos e de milícias xiitas pró-iranianas, segundo o OSDH.
“É a primeira vez que a defesa antiaérea síria entra em ação desde a queda do avião russo”, em 17 de setembro último, acrescentou o responsável da organização não-governamental.
A defesa antiaérea síria abriu, então, fogo para intercetar mísseis israelitas visando armazéns de munições na província de Lattaquié (noroeste), abatendo por erro um aparelho russo.
O incidente causou a morte dos 15 militares russos que se encontravam a bordo e desencadeou tensões entre a Rússia e Israel, que regularmente realiza ataques na Síria contra posições do regime de Assad e seus aliados.
Em retaliação, a Rússia forneceu no início de outubro baterias de defesa antiaérea S-300 ao exército sírio.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou, após este incidente, que Israel continuaria a combater a presença iraniana na Síria enquanto prosseguia “a coordenação da segurança entre os exércitos israelita e russo”.
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