O ministro de Interior, Alfonso Navarrete, e o Governador de Oaxaca, Alejandro Murat, não ficaram gravemente feridos. No entanto, duas pessoas que estavam em terra acabaram por morrer na sequência deste acidente. O helicóptero teve problemas ao aterrar.

Os oficiais faziam uma visita pelas zonas afetadas pelo sismo de 7,2 na escala de Richter que abalou o México esta sexta-feira, 16 de fevereiro, e que provocou apenas danos materiais, dezenas de edifícios ficaram danificados e milhões de pessoas ficaram sem energia.

Segundo revelou o Serviço Geológico dos Estados Unidos o sismo teve uma magnitude de 7,2 na escala de Richter, com o epicentro a 53 quilómetros de Pinotepa Nacional, Oaxaca, a uma profundidade de 24 quilómetros. O Serviço Nacional Sismológico do México adianta também uma magnitude preliminar de 7,2, apontando também o epicentro em Pinotepa Nacional.

O sismo ocorreu pelas 17:39 do dia 16 de fevereiro (23:39 em Lisboa) e foi sentido principalmente nos estados de Oaxaca e Guerrero.

Na Cidade do México, centenas de pessoas abandonaram edifícios e abrigaram-se em esplanadas ou no meio das avenidas no centro da capital mexicana, para se protegerem de possíveis danos, segundo testemunhas da AFP no local.

"Saímos a correr, é a única coisa que podemos fazer", disse, com os olhos avermelhados e cheios de lágrimas, Kevin Valladolid, de 38 anos, moradora do bairro Roma, à agência francesa.

"A verdade é que já estamos bastante alterados. Com qualquer som de alarme, choramos, estamos muito 'stressados', vivemos um 'flash back'", acrescentou.

No passado dia 19 de janeiro foi registado um sismo de magnitude 6,3 no noroeste do México sem registo de vítimas e danos.

Já a 19 de setembro de 2017, um sismo de 7,1 na escala de Richter fez 366 vítimas mortais. Este terramoto seguiu-se a outro de maior intensidade – 8.1 na escala de Richter – que abalou, a 07 de setembro, os estados meridionais mexicanos de Oaxaca e Chiapas, matando quase 100 pessoas.

Oaxaca é um dos estados com maior atividade sísmica no México, registando aproximadamente 25% de todos os sismos naquele país da América Central. Esta sismicidade deve-se ao contacto convergente entre duas importantes placas tectónicas, com a subdução da placa de Cocos para baixo da placa norte-americana. A interação entre estas placas ocorre na costa do oceano Pacífico, de Chiapas a Jalisco, segundo explica o serviço de sismologia mexicano.