Um balanço divulgado hoje de madrugada dava conta de 13 mortos, incluindo três crianças. Posteriormente, o Ministério para as Situações de Emergência confirmava a 14.ª vítima mortal.

Os investigadores dizem privilegiar a pista de uma “falha técnica” do aparelho, caça-bombardeiro Sukhoi 34, para explicar o acidente que ocorreu nesta cidade de 90.000 habitantes banhada pelo mar de Azov e situada em frente ao porto de Mariupol, atualmente controlado pelas forças separatistas ucranianas pró-russas e pelo exército de Moscovo.

“Uma vítima morreu devido às queimaduras”, indicou na rede Telegram a vice-governadora da região russa de Krasnodar, Anna Minkova, elevando para 15 mortos o balanço deste incidente.

Minkova precisou que ficaram feridas 43 pessoas, incluindo nove crianças, com 25 ainda internadas no hospital, das quais três em estado crítico.

O Presidente russo, Vladimir Putin, “apresenta as suas mais sinceras condolências às famílias que perderam os seus próximos nesta catástrofe”, referiu entretanto em declarações aos ‘media’ o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

O acidente registou-se no final da tarde de segunda-feira, quando um Sukhoi 34, que realizava um voo de treino, caiu junto de um prédio habitacional com 600 residentes.

O impacto do aparelho militar, repleto de combustível, provocou um incêndio em cinco andares de um prédio, indicou o Ministério para as Situações de Emergência.

O comité de investigação russo sublinhou que o piloto, que conseguiu ejetar-se antes da queda do aparelho, estava a ser interrogado pelos seus serviços.

Os registos do voo foram recuperados no local e amostras de combustível foram enviadas para o aeródromo de onde descolou o caça-bombardeiro, indicou este organismo responsável pelas principais investigações na Rússia.

Vladimir Putin ordenou de imediato a partida para o local dos ministros da Saúde, Mikhail Murashko, e das Situações de emergência, Alexandr Kurenkov, indicou um comunicado do Kremlin.

Por sua vez, o governador da região de Krasnodar, Veniamin Kondratiev, decretou hoje um período de luto naquela zona.

As imagens da explosão e das chamas envolvendo toda a fachada do edifício geraram uma onda de comoção na Rússia, segundo relatou a agência noticiosa AFP.

Dezenas de civis depositaram hoje em frente ao prédio atingido ramos de flores e brinquedos, em memória das crianças mortas na tragédia. Numa faixa horizontal também colocada no local, podia ler-se a frase: “Yesk. 17/10/2022. Vamos recordar-nos. Estamos de luto”.

Pelo menos cinco andares do edifício ficaram carbonizados, uma varanda colapsou e diversas viaturas que estavam nas imediações do prédio ficaram destruídas.