Reunidos em Bucareste, cerca de seis dezenas de responsáveis da formação decidiram apresentar a moção para derrubar o governo, depois de, na quarta-feira, o primeiro-ministro ter recusado demitir-se.
“Esperava que não chegássemos a este ponto e que Grindeanu respeitasse as regras da democracia”, declarou o presidente do Partido Social Democrata (PSD), Liviu Dragnea.
Segundo ele, a moção deve ser votada na próxima quarta-feira.
A coligação de esquerda, que inclui o pequeno partido ALDE, dispõe de uma maioria sólida no parlamento e pode ainda contar com o apoio dos eleitos das minorias nacionais, segundo observadores.
Os sociais-democratas decidiram também excluir Grindeanu do PSD, partido do qual era membro há 21 anos.
Na quarta-feira, a formação retirou o seu apoio ao governo, acusando-o de “atrasos” na aplicação do programa económico.
Mas, segundo analistas, as razões para a discórdia podem ser outras.
“Há uma clara diferença entre o Grindeanu nomeado em dezembro por Liviu Dragnea e o que na quarta-feira recusou demitir-se”, disse o politólogo Ioan Stanomir à agência France Presse.
“Esta mudança resulta sem dúvida das pressões inaceitáveis feitas por Dragnea para conseguir uma modificação do código penal em benefício próprio”, adiantou.
Dragnea, que conduziu os sociais-democratas a uma vitória arrasadora nas legislativas do final de 2016, não pode assumir o cargo de primeiro-ministro devido a uma condenação de dois anos de prisão com pena suspensa por fraude eleitoral.
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