Segundo uma fonte da PSP do Porto contacta pela agência Lusa, a jovem, com família colombiana mas com nacionalidade portuguesa, "apresentou queixa por agressão ocorrida na noite de São João", no momento em que "aguardava na fila para entrar num autocarro da STCP".

Segundo a jovem de 21 anos relatou na queixa, após ter sido assistida no Hospital Santo António, "foi agredida pelo segurança da 2045, ao serviço dos STCP".

Num comunicado enviado hoje à agência Lusa, a SOS Racismo chama a atenção para o facto de "os uniformes parecerem conferir a determinados indivíduos o sentimento de impunidade de que precisam para atuar fora da lei".

"Os insultos e o uso absolutamente desproporcionado da violência foram, neste caso, mais um exemplo de discriminação racista e xenófoba em Portugal", acusa a organização, para quem as "evidências desse abuso de força" estão documentadas em "fotografias e em vídeos partilhados nas redes sociais e meios de comunicação social de Portugal e da Colômbia".

Considerando "ter aparentemente pecado por escassa" a atuação dos polícias chamadas ao local, a SOS Racismo refere ainda que a queixa "foi registada, por insistência da agredida", citando todos os que afirmaram "que as agressões foram motivadas por ódio e acompanhadas de declarações racistas".

A organização afirma-se "solidária com a vítima" e disponibiliza-se para a apoiar, "exigindo da Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial" e às empresas envolvidas, "STCP e 2045, uma tomada de posição pública imediata", denunciando "as referidas práticas racistas e assumindo todas as medidas necessárias para punir o(s) responsável(eis)”.

A Lusa tentou ouvir a empresa de segurança 2045 mas, até ao momento, não foi possível.