O magistrado, num comunicado distribuído aos jornalistas, justificou a demora na inquirição com o elevado número de arguidos e com a complexidade no processo, mas prometeu informar a comunicação social do início da inquirição, o que até ao momento ainda não se verificou.
Pedro Madureira, advogado de pelo menos um dos arguidos, confirmou que a inquirição não começou e que o processo ainda não chegou ao tribunal do Barreiro, não havendo assim previsão do início da inquirição.
Apesar da gravidade do que aconteceu na terça-feira na Academia do Sporting em Alcochete, uma fonte policial admitiu à agência Lusa a possibilidade de alguns arguidos ficarem apenas com a medida de coação de termo de identidade e residência.
“Podemos saber que alguns dos arguidos agrediram os jogadores e o treinador do Sporting, mas, se os agressores estavam de cara tapada, pode não ser fácil demonstrar quem foram os autores das agressões perante o tribunal”, disse a fonte.
Os 23 detidos, que pernoitaram nas instalações de diversos postos da GNR e PSP na região de Setúbal, começaram a chegar ao Tribunal do Barreiro cerca das 13:00, mas não se sabe ainda se alguns deles serão ouvidos durante o dia de hoje.
Na terça-feira, cerca de 50 indivíduos, de cara tapada, alegadamente adeptos ‘leoninos’, invadiram a Academia de Alcochete e, depois de terem percorrido os relvados, chegaram ao balneário da equipa principal, agredindo vários jogadores, entre os quais Bas Dost, Acuña, Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Misic e outros membros da equipa técnica.
A equipa principal do Sporting cumpria o primeiro treino da semana, depois da derrota no terreno do Marítimo (2-1), que relegou a equipa para o terceiro lugar da I Liga, iniciando a preparação para a final da Taça de Portugal.
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