No dia em que o presidente executivo suspenso de funções, António Mexia, manifestou indisponibilidade para voltar a integrar os órgãos sociais da empresa, os acionistas da EDP solicitaram uma assembleia-geral extraordinária a realizar em janeiro de 2021, para eleger dos membros do CAE.

"A EDP rececionou uma comunicação de todos os acionistas representados no CGS, indicando que, face aos recentes desenvolvimentos relacionados com o PCAE, suspenso de funções, entendem que se deverá proceder à eleição do CAE para o mandato 2021-2023, em sede de assembleia geral, de forma a manter a estabilidade da sociedade e dos seus negócios, transmitindo uma forte mensagem ao mercado no sentido de que a estratégia e o crescimento focado da EDP se mantêm inalterados", lê-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), após o fecho do mercado.

Ao mesmo tempo, informa que "os acionistas signatários já solicitaram ao PCAE interino da sociedade, Miguel Stilwell de Andrade, que lhes submetesse uma proposta relativa à composição do CAE para o próximo mandato (2021-2023)".

Em 06 de julho, o administrador financeiro da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, foi nomeado presidente interino do CAE da empresa, na sequência da suspensão de funções de António Mexia decretada pelo juiz Carlos Alexandre.

“Nesta data, o Conselho Geral e de Supervisão e o Conselho de Administração Executivo deliberaram proceder à nomeação do Chief Financial Officer, Miguel Stilwell de Andrade, para o exercício interino das funções e cargo de presidente do Conselho de Administração Executivo enquanto se verificar o impedimento do Dr. António Mexia, e em acumulação com as atuais funções”, referia o comunicado enviado à CMVM.