Em declarações aos jornalistas, antes de entrar para a segunda reunião da quinta ronda negocial com o Governo, o líder do Sindicato de Todos os Profissionais de Educação revelou que as comissões de greve e as forças sindicais das escolas reunidas na quinta-feira decidiram realizar uma “nova marcha pela escola pública”.
O protesto, marcado para 25 de fevereiro, vai começar no Palácio da Justiça e terminar em frente à Assembleia da República, onde será feito um “enterro da escola pública de qualidade”.
A marcha vai "unir o Palácio da Justiça, porque exigimos justiça para quem trabalha na escola pública, à residência do primeiro-ministro", disse André Pestana à entrada para a quinta ronda negocial que está a decorrer nesta sexta-feira no Ministério da Educação em Lisboa.
"Temos que envergonhar o Governo", disse ainda o dirigente sindical considerando "impressionante a desconsideração que está a ter" com os profissionais de educação.
Questionado sobre as declarações de António Costa na entrevista à TVI, Pestana disse que o impacto financeiro que teria a reposição integral do tempo de serviço dos professores "são amendoins quando comparado com o utilizado para tapar buracos dos bancos" e das "PPP", que foram "ruinosas".
Na quinta-feira, António Costa descartou a reposição integral do tempo de serviço dos professores dizendo que o governo não tem dinheiro para responder a essa exigência salientando que quase todas as carreiras estiveram congeladas, “com exceção das forças de segurança e Forças Armadas”, e reiterou que o que foi recuperado para os professores “foi exatamente o mesmo que tinha sido contado para as outras carreiras”, disse.
“Se quiséssemos dar a todas as outras carreiras o equivalente aos seis anos, seis meses e 24 dias que os professores reivindicam, isso tinha um custo que era 1.300 milhões de euros de despesa permanente todos os anos”, salientou o primeiro-ministro.
O chefe do executivo reforçou ainda que o custo não seria de “1.300 milhões de euros agora, era todos os anos”.
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