O conselho de ministros reuniu-se esta quinta-feira para aprovar o documento final do programa Mais Habitação, um pacote de medidas que tem um custo estimado de 900 milhões de euros e pretende responder à crise na habitação.

Contudo, os professores fazem-se também ouvir para protestar contra as condições de trabalho e garantem continuar as greves e manifestações.

O ministro da Educação afirmou ontem em Setúbal que não lhe compete comentar greves e pré-avisos de greve, mas apresentar propostas para resolver os problemas de recrutamento e precariedade dos professores.

“A mim não me compete comentar nem a duração das greves, nem os pré-avisos de greve. Isso é uma matéria que é das organizações sindicais”, disse João Costa, ao ser confrontado com o arrastamento do conflito entre professores e o Governo e com a falta de aulas, que está a afetar alunos por todo o país.

“Aquilo que para nós é fundamental é que nós estamos a avançar com um conjunto de soluções, com um conjunto de propostas que, no caso concreto do que negociámos até há cerca de um mês, relativamente ao recrutamento de professores, ao combate à precariedade, corresponde a um reforço de cerca de 143 milhões de euros nas despesas de educação. E esta proposta que apresentámos agora corresponde a um investimento de 161 milhões de euros”, acrescentou.

O ministro reafirmou que o Governo nunca teve posições de intransigência no processo negocial com os professores e que tem apresentado medidas responsáveis, que são robustas em termos financeiros.

“Quando olhamos para o que foi o processo de negociação do recrutamento, aquilo a que chegámos é muito diferente do que foi o ponto de partida”, sublinhou João Costa.

No que respeita a uma das principais exigências dos professores, a recuperação integral do tempo de serviço, João Costa deixou claro que se trata de uma exigência inaceitável para o Governo.

“Todos sabemos que isso não é possível nem de uma vez, nem naquilo que representa em termos de volume, para todas as carreiras. E por isso estamos a apresentar uma proposta que, ouvindo as legítimas reivindicações dos professores, não conseguindo fazer tudo, consegue acelerar a carreira dos professores que estiveram congeladas, dando-lhes uma perspetiva, que muitos hoje não têm, de atingir os escalões mais altos da carreira, antes da sua aposentação”, disse o ministro da Educação.

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