Os detidos, dois homens e uma mulher de nacionalidade estrangeira, ficaram sujeitos à medida de coação mais gravosa, após terem sido ouvidos durante o dia por um juiz de instrução criminal.

Na terça-feira, em conferência de imprensa, o comandante da Divisão de Investigação Criminal da PSP/Porto adiantou que os suspeitos detinham “um sistema complexo e elaborado”, demonstrando “experiência” na prática deste ilícito.

O intendente Rui Mendes avançou que os sistemas associados ao cultivo do canábis, nomeadamente de rega, ventilação e extração, eram de uma “enorme sofisticação”, dando como exemplo o sistema de extração, não só ao nível do próprio local, mas da projeção dos próprio gases para que quem morasse à volta do local de cultivo não se apercebesse do cheiro.

Além disso, em termos de sistema elétrico, fizeram uma ligação direta e ilícita a um posto de transformação, causando à operadora elétrica um prejuízo de mais de três milhões de euros durante um ano, comentou.

No decorrer das buscas, que se realizaram segunda-feira, os agentes apreenderam num armazém na zona industrial da Maia, no distrito do Porto, cerca de uma tonelada de plantas e folhas de canábis em diferentes estados de maturação, material de cultivo, colheita e acondicionamento de droga.

Confiscaram também 3.000 euros, um carro, 600 lâmpadas térmicas, 500 balastros elétricos e cerca de 10.000 ventiladores.

Rui Mendes revelou ter pedido cooperação internacional para confirmar a existência ou não de antecedentes criminais dos detidos que não têm atividade profissional.

“Admitimos que haja mais pessoas envolvidas, estando a desenvolver mais diligências, nomeadamente na comercialização da droga”, reforçou.

A operação de detenção envolveu 50 agentes e é das maiores operações da Divisão de Investigação Criminal em matéria de tráfico de droga, revelou Rui Mendes.

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