A França congratulou-se hoje com a realização das eleições em Taiwan e apresentou as “felicitações” aos eleitores e candidatos que participaram no “exercício democrático”, apelando simultaneamente, num comunicado de imprensa, ao “respeito pelo ‘status quo’ [o atual estado das situações]”.
“Estendemos as nossas felicitações a todos os eleitores e candidatos que participaram neste exercício democrático, bem como aos que foram eleitos”, sublinhou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, sem mencionar o nome do Presidente eleito William Lai, que pertence a um partido tradicionalmente pró-independência.
A declaração refere também que França reafirma “a importância crucial da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan”, além de apelar para “o respeito do ‘status quo’ por todas as partes”, esperando que seja “retomado o diálogo entre as duas margens do Estreito”.
“Taiwan é um parceiro importante para a Europa e para França, nomeadamente nos domínios económico, cultural, científico e tecnológico, e esperamos que, após estas eleições, os laços com a ilha continuem a reforçar-se, em conformidade com a nossa política de uma só China” (que reconhece oficialmente apenas a China continental), concluiu.
Também a Alemanha insistiu hoje na preservação do ‘status quo’ em Taiwan, após as eleições, e apelou para que quaisquer mudanças só sejam efetuadas de “forma pacífica e concertada” com Pequim.
“Felicitamos todos os eleitores e candidatos que participaram nestas eleições, bem como os que foram eleitos”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado, sem felicitar pelo nome William Lai que pertence a um partido tradicionalmente pró-independência.
“A Alemanha está a trabalhar para preservar o ‘status quo’ e criar confiança. O ‘status quo’ só pode ser alterado de forma pacífica e concertada”, acrescentou.
Berlim espera ainda que ambas as partes prossigam os seus esforços “para reabrir o diálogo”, garantindo que pretende “desenvolver” as suas relações com Taiwan “no quadro da política ‘Uma só China’ (reconhecendo oficialmente apenas a China continental)”.
No final de uma campanha marcada por fortes pressões diplomáticas e militares por parte da China, Lai venceu as eleições presidenciais de sábado e tomará posse a 20 de maio.
Lai continua a ser considerado por Pequim como um promotor de “atividades separatistas ligadas à independência” e “um grave perigo” para as relações entre a China e Taiwan.
Apesar da votação, “Taiwan faz parte da China”, afirmou hoje um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês na rede social X (antigo Twitter).
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