O Ministério da Defesa de Taiwan confirmou as incursões de 22 aviões e três navios na sexta-feira e de perto de 20 aviões chineses e três navios na quinta-feira.
O governo da ilha, que usou as redes sociais para divulgar a ocorrência, respondeu com o desdobramento dos seus próprios aviões e navios.
Estas incursões seguem o padrão habitual estabelecido nos últimos meses pelo exército chinês, que chegou ao ponto de levar a cabo incursões até ao largo da costa de Taiwan, em agosto, na sequência de uma visita à ilha pela Presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.
Para a China, a visita de Pelosi foi um dos piores agravamentos das relações diplomáticas nos últimos tempos, interpretada como um gesto de reconhecimento dos EUA da independência de Taiwan.
Após Pelosi se deslocar à ilha – a visita de mais alto nível realizada pelos Estados Unidos ao território em 25 anos — Pequim lançou exercícios militares numa escala sem precedentes, que incluíram o lançamento de mísseis e o uso de fogo real. Durante quase uma semana, o Exército de Libertação Popular fez um bloqueio marítimo e aéreo de facto ao território.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
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