Em declarações à Lusa, Carlos Silva, vice-presidente da Cooptáxis, explicou que a empresa vai passar a dispor de uma nova funcionalidade “que vai fazer a opção do taxímetro”.

Assim, “quando o cliente entra no veículo”, vai ser saudado, é identificado o número do táxi, a tarifa a aplicar, explica o valor a pagar e despede-se, com cortesia”, explicou.

De acordo com Carlos Silva, o serviço vai ser implementado na zona da grande Lisboa (Almada, Loures, Odivelas, Lisboa e Seixal), onde se encontra a maioria da frota, seguindo depois para as restantes cidades onde está presente, nomeadamente Guimarães, Portimão, Faro, Tavira, Olhão, Vila Real Santo António e Loulé.

A apresentação do áudio-táxi decorreu hoje na sede da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) e contou com a presença do seu presidente e do homónimo da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal – ACAPO.

“Já transportamos cegos há muitos anos, acabam por fidelizar-se às centrais, o operador já os conhece, há uma relação de confiança”, explicou Carlos Silva, acrescentando que no pedido que segue para os taxistas irá nas observações que se trata de um cliente cego.

De acordo com o responsável, o motorista de táxi pode ainda, sempre que se apercebe que o passageiro é cego ou quando este o solicita, pois pode ser amblíope e não cego total, ativar a funcionalidade do áudio-táxi.

“Há uma questão de confiança que já existe, era importante a questão formal do serviço. Nós também não gostamos que sejam os outros a dar a informação de quanto temos de pagar, aqui é o taxímetro a falar e a dizer o valor”, sublinhou.

Carlos Silva explicou ainda que, numa segunda e terceira fase, o áudio-táxi vai existir em língua inglesa e francesa e com georreferenciação.