Cerca das 02:20, Florêncio Almeida, da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), alertou o taxistas que ainda permaneciam no protesto na rotunda do Relógio, junto ao aeroporto de Lisboa, de que a PSP o avisou de que iria começar a bloquear e a rebocar as viaturas que ali se mantivessem.

Após este aviso, e depois de explicar que o bloqueamento e que o reboque teria custos legais, bem como uma comparência em tribunal ainda hoje, Florêncio Almeida aconselhou os taxistas a mudarem o protesto para a próxima segunda-feira, a partir das 08:00.

O presidente da Federação dos Táxis, Carlos Ramos, afirmou que há mais dias para além de hoje, sublinhando que era preciso as pessoas perceberem que "vai ser possível envolver" um partido político (que já se disponibilizou), bem como o Presidente da República e as autarquias, defendendo uma "discussão aprofundada" sobre o assunto, porque estão a "lutar contra um gigante".

Em declarações à Lusa no final do protesto, Florêncio Almeida fez um balanço "bastante positivo" desta concentração, sublinhando que o protesto na próxima segunda-feira visa envolver o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que também tem "uma palavra a dizer".

A marcha lenta começou na segunda-feira no Parque das Nações, em Lisboa, e deveria seguir até à Assembleia da República, mas não avançou além da Rotunda do Relógio, onde ocorreram confrontos entre os manifestantes e a polícia. Três pessoas foram detidas.

Durante o dia, os representantes do sector reuniram-se por duas vezes com o Governo, mas sem que as suas pretensões fossem atendidas.

O protesto visa lutar contra a regulação, proposta pelo Governo, da atividade das plataformas de transportes de passageiros como a Uber ou a Cabify.

As plataformas Uber e Cabify permitem pedir carros descaracterizados de transporte de passageiros através de uma aplicação para ‘smartphones’, mas estes operadores não têm de cumprir os mesmos requisitos – financeiros, de formação e de segurança – do que os táxis.