Convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), a greve de zelo ao trabalho não urgente incluiu a limpeza semanal das ambulâncias e a elaboração “da check-list base” e de oxigénio, disse à Lusa o presidente do STEPH.
Ricardo Lázaro frisou que esta greve de zelo se junta à paralisação iniciada no fim de junho ao trabalho administrativo e burocrático desenvolvido pelos técnicos de emergência pré-hospitalar do INEM.
O sindicalista avançou que está previsto “um dia de greve geral para outubro” caso o Ministério da Saúde e o Instituto de Emergência Médica (INEM) não respondam às reivindicações destes profissionais.
Ricardo Lázaro disse também que a greve de zelo ao trabalho não urgente pode ser interrompida se a tutela ou o INEM aceitarem negociar com o sindicato e avançarem com a resolução concreta dos problemas.
Em causa está a revisão da carreira especial de técnico de emergência pré-hospitalar e das condições de trabalho, respeito pelo acordo coletivo de carreira especial concluído em 2018, formação, equipamentos de emergência médica, ausência de seguro de acidentes trabalho e responsabilização dos dirigentes pelas diversas ilegalidades cometidas.
O sindicato exige ainda “término imediato das perseguições a vários trabalhadores” e respeito pela legislação laboral.
De acordo com o sindicato, nos últimos cinco anos mais de 300 técnicos de emergência pré-hospitalar deixaram de exercer funções no INEM, correspondendo a mais de 30% a taxa de abandono.
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