As informações atualizadas sobre os ataques, difundidas pelos meios de comunicação social oficiais depois de terem referido que o ataque contra o mausoléu, no sul de Teerão, referem que um atacante suicida provocou uma explosão no local onde está sepultado o fundador da república islâmica.

No Parlamento homens armados abriram fogo e fizeram vários feridos, incluindo um membro da segurança. A CNN avança que um dos homens se terá explodido.

Um deputado disse à estação de televisão iraniana Irib que três homens armados entraram no Parlamento armados, um com uma pistola e os outros dois com metralhadoras AK-47, diz a Reuters.

O Estado Islâmico reivindicou o ataque, segundo informou a agência de notícias Amaq.

Até ao momento, registam-se 42 feridos e 12 mortos. Seis atacantes morreram: quatro no Parlamento e dois no mausoléu, de acordo com o The New York Times.

De acordo com a Reuters, o ministro da Inteligência iraniano informou que foi detido um grupo terrorista que planeava um terceiro ataque.

Os ataques aconteceram a menos de um mês da reeleição do presidente Hassan Rouhani, o que levou um oficial que se encontrava no local a afirmar que este ataque "é um golpe para Rouhani".

O Parlamento Islâmico, também designado de Majlis, tem 290 membros, incluindo representantes femininos e de minorias religiosas. Sendo altamente vigiado, ainda não é claro como os atacantes entraram no edifício.

O mausoléu situa-se a cerca de 25 quilómetros do Parlamento e é lá que se encontra o túmulo do fundador da República Islâmica, Ruhollah Khomeini, que liderou a revolução que derrubou o Xá Mohammad Reza Pahlevi em 1979.

A agência Isna informou que o ministro do Interior, Abdolreza Rahmani Fazli, convocou uma reunião de urgência do Conselho Nacional de Segurança.

À chegada em Ancara, o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, declarou que os “ataques terroristas” ainda “fortalecem mais” o país.

Trata-se dos primeiros ataques no Irão reivindicados pelo Estado Islâmico, o grupo radical sunita que o Irão xiita combate na Síria, apoiando as forças do presidente Bashar al-Assad.

O governo sírio já afirmou que os atentados de hoje em Teerão não dissuadirão nem a Síria, nem o Irão de continuarem a sua luta contra o terrorismo.

Moscovo, outro dos aliados do regime sírio, também disse condenar “fortemente” os atentados, que considerou demonstrarem “a necessidade de coordenação de ações na luta antiterrorista”.

A França, a Turquia e o Paquistão foram outros dos países que condenaram os ataques na capital iraniana, bem como os Emirados Árabes Unidos, apesar da tensão entre os dois países.

“A nossa posição sobre o terrorismo é muito clara. É a preto e branco e qualquer ataque terrorista em qualquer capital que seja dirigido contra inocentes é algo que os Emirados abominam e condenam”, declarou à agência France-Presse o ministro de Estado para os Negócios Estrangeiros dos Emirados, Anwar Gargash.

Os Emirados Árabes Unidos estão entre os países árabes que cortaram relações na segunda-feira com o Qatar, acusando-o de apoiar “o terrorismo” e de se aproximar do Irão (xiita, ao contrário dos Emirados e do Qatar, que são sunitas).

Estes ataques são pouco frequentes no Irão. O último maior ataque tinha ocorrido em 2010, quando um grupo rebelde sunita matou 39 pessoas numa mesquita em Sistão-Baluchistão, uma província iraniana.

[Notícia atualizada às 15h59]