Contactado pela agência Lusa, Paulo Lopes, sindicalista da FECTRANS – Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações, explicitou que “os trabalhadores deram autonomia às organizações sindicais para apresentaram na próxima reunião com a administração, dia 5 [de maio], uma posição de que ou há de facto resposta às reivindicações salariais, ou então iniciamos um processo de luta, com paralisações de três horas por turno” a partir de 20 de maio.

“Cada turno fará uma paralisação de três horas, o que fará com que haja paralisação permanente” das ligações fluviais entre a Margem Sul e Lisboa, acrescentou o sindicalista.

As ligações fluviais da Transtejo/Soflusa estiveram interrompidas entre o início da manhã e o final do dia de hoje por causa dos plenários de trabalhadores. A empresa não assegurou o transporte alternativo.

Desta forma, a ligação fluvial do Barreiro, assegurada pela Soflusa, esteve interrompida entre Barreiro – Terreiro do Paço das 07:00 às 10:25 e das 16:00 e às 19:15. No sentido Terreiro do Paço – Barreiro a interrupção do serviço foi entre as 07:35 e as 10:55 e das 16:25 às 19:40.

Já as ligações fluviais asseguradas pela Transtejo, desde Cacilhas, Montijo, Seixal e Trafaria, estiveram interrompidas entre as 15:30 e as 21:00.

O serviço regular entre Cacilhas – Cais do Sodré esteve interrompido das 16:00 às 19h45, Cais do Sodré — Cacilhas das 16:30 às 20:00, entre Montijo – Cais do Sodré das 16:30 às 20:30 e entre Cais do Sodré – Montijo das 15:30 às 20:00.

Também as ligações entre o Seixal e o Cais do Sodré sofreram cortes das 16:20 às 20:30 e do Cais do Sodré — Seixal das 15:55 às 20:15. Trafaria – Porto Brandão – Belém esteve interrompida das 16:00 às 20h30, Porto Brandão – Belém das 16:10 às 20:40 e Belém – Porto Brandão – Trafaria das 15:30 às 21:00.

O sindicalista da FECTRANS já tinha explicado à Lusa que os plenários decorreram devido ao “descontentamento dos trabalhadores e à postura da empresa”, já que os aumentos salariais que ocorreram no ano passado foram “baixíssimos, cerca de 0,3%, o que valeu um euro em muitos casos”.

Através de uma nota enviada à Lusa, a Transtejo/Soflusa tinha reconhecido que apresentou “uma proposta salarial, para 2021, em linha com a atualização definida para a administração pública”.