A CT, que se reuniu na terça-feira com o conselho de administração do grupo SATA, refere, num comunicado enviado à agência Lusa, que a empresa “deixou passar ao lado o facto de que as companhias aéreas precisam de tripulações ajustadas às necessidades”.
A Azores Airlines é o ramo da SATA que voa para fora dos Açores, enquanto a Sata Air Açores faz as ligações entre as ilhas.
Para os trabalhadores, uma companhia aérea que “não é pontual não consegue vingar no mercado nem subsistir financeiramente”.
Os trabalhadores lamentam que se tenha decidido “acabar com as rotas para as quais tinha acabado de receber um A330”, pagando, “sem questionar os ‘porquês’, o impacto das irregularidades causadas pela fraca pontualidade e impossível de emendar quando há falta de tripulações”.
A CT refere que a empresa “não se deu ouvidos aos outros relatos quanto às extravagâncias com hotéis e ajudas de custo duplicadas”, bem como “à necessidade de manter o A330” nas rotas de longo curso a partir de Lisboa e Porto.
Os responsáveis consideram que “vingou, ao invés, a solução ACMI [aluguer de aviões e tripulações]”, que, “resolvendo o transporte de passageiros, não resolveu todo um universo organizacional a precisar de reestruturação e maior receita”.
Para a CT, com a chegada do verão IATA 2018, o atual conselho de administração "reclamou justamente" o seu tempo para trabalhar, mas "atrasou-se na qualificação do que era urgente e importante".
"Era muito importante dar sinais de viragem, era muito mais importante reconhecer o valor dos trabalhadores e, ainda muitíssimo mais importante, fazer ver aos últimos que a companhia tem pernas para andar – porque é sabido que tem – motivando-os para fazerem ainda melhor", afirma-se no comunicado.
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