Alexandre Amado, estudante de Direito e atual presidente da DG/AAC, Francisco Sarmento, estudante de Gestão e tesoureiro da estrutura, e Diogo Barbosa, aluno de História, lideram as três listas que se candidatam à direção-geral da mais antiga associação de estudantes do país.

Os três candidatos à presidência da direção-geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) estabelecem como prioridades no plano político a luta pela propina zero e a revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES), apresentando também várias propostas a nível interno, seja uma maior ligação às secções culturais e desportivas da casa, seja uma reestruturação da Queima das Fitas.

Alexandre Amado, da lista C, quer concluir a preparação dos Jogos Europeus Universitários, que decorrem em Coimbra em 2018, continuar "a luta contra o regime fundacional" na Universidade de Coimbra e bater-se por matérias de política no ensino superior.

"A dois anos de o Governo terminar a legislatura, os verdadeiros processos de mudança têm de ser agora, porque a política educativa de fundo tem-se mantido", notou o atual presidente da DG/AAC, admitindo a possibilidade "do processo reivindicativo ser intensificado".

Alexandre Amado propõe-se a exigir um plano ao Governo para a abolição da propina e uma revisão do RJIES.

No plano interno, o estudante de Direito defende a criação de uma central de voluntário para as estruturas da AAC, uma reestruturação do Fórum AAC e uma "reinvenção" da Queima das Fitas, para voltar a "ter o papel financiador" da associação.

Diogo Barbosa, que lidera a lista E, sublinha que a atual direção não tem tido "um trabalho de proximidade" e assume "uma postura passiva" face às principais reivindicações no plano político.

"Não abdicamos da revisão do RJIES. Vamos propor alterações ao regime e fazer uma grande conferência a nível nacional com todas as associações", contou, referindo que também a sua lista vai defender a extinção das propinas.

Para isso, Diogo Barbosa admite que, se necessário, pretende avançar "com ações de rua para pressionar o Governo para repor os níveis de investimento no ensino superior".

No plano interno, o candidato da lista E quer uma alteração do funcionamento da Queima das Fitas, retirando a sua organização de uma comissão específica e acabando com a concessão dos espaços que deveriam ser "destinados às secções e aos núcleos".

Já Francisco Sarmento, da lista J, foca as suas propostas no plano interno, explicando que optou por fazer uma lista própria quando pertence à atual DG/AAC por considerar que é necessária uma outra "postura" e uma maior proximidade junto dos estudantes.

"Tem que haver um debate interno para perceber como a Académica pode construir o seu futuro", disse, sublinhando que é preciso reestruturar toda a casa.

Nesse sentido, Francisco Sarmento pretende rever o "atual modelo de financiamento da Académica que poderá estar um pouco gasto".

"É preciso criar uma marca da Académica mais forte, com um plano de captação de parcerias muito mais agressivo", afirmou o candidato, que no plano político promete lutar contra o regime fundacional e trabalhar nas questões do emprego, mobilidade na cidade e ação social.

As eleições para a assembleia magna e direção-geral decorrem na segunda e na terça-feira, das 10:00 às 19:00 nas diferentes faculdades da Universidade de Coimbra, e à noite, das 21:00 às 24:00, no edifício da associação.

Este ano, face à revisão dos estatutos da AAC, as eleições para o Conselho Fiscal não se realizam ao mesmo tempo que as eleições para a assembleia magna e direção-geral, sendo que esse ato eleitoral deve decorrer no início do segundo semestre do ano letivo.