O arguido, de 31 anos, e a vítima, eram ambos instrutores de surf, conheciam-se há oito anos, mas encontravam-se desavindos, tendo já existido agressões entre ambos, refere a acusação do Ministério Público (MP), a que a Lusa teve acesso.
Em 10 de julho de 2018, ambos combinaram por telefone encontrar-se no parque de estacionamento da praia de Paimogo ao fim da tarde desse dia.
Chegados ao local, o arguido saiu do automóvel empunhando uma faca e dirigiu-se ao veículo da vítima, que se encontrava com um amigo.
Depois, trocaram palavras, agrediram-se mutuamente e, a dada altura, o arguido esfaqueou o outro no peito, descreve a acusação.
A vítima fugiu, mas, enquanto era perseguida pelo homicida, acabou por cair, foi colocada no banco da viatura e transportada à urgência de Peniche do Centro Hospitalar do Oeste por aquele.
Depois de manobras de reanimação no hospital, faleceu.
A decisão instrutória deste caso foi comunicada esta tarde no tribunal de Loures, no distrito de Lisboa, e determinou uma alteração da qualificação jurídica do crime, de homicídio simples para qualificado, segundo disse à agência Lusa o advogado do arguido, Jorge Martins.
“Posso compreender a decisão do tribunal, mas não fico satisfeito, pois acredito que existiriam indícios suficientes para que fosse considerado um homicídio simples”, considerou.
Jorge Martins disse ainda que vai consultar e analisar o despacho de pronúncia antes de decidir se recorre da decisão.
O arguido esteve em prisão preventiva até 20 de novembro e desde essa data encontra-se agora em prisão domiciliária a aguardar julgamento.
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