O TPI tinha aberto em 2015 um inquérito preliminar sobre a situação na Ucrânia.
Ao apresentar a conclusão deste inquérito, a procuradora estimou, em comunicado, que “havia razões plausíveis para pensar que um largo leque de comportamentos constitutivos de crimes de guerra e contra a Humanidade relevando da competência deste Tribunal foram cometidos no quadro da situação na Ucrânia”.
Sublinhou que estes crimes “eram suficientemente graves para justificar a abertura de um inquérito” completo pelos seus serviços.
A Ucrânia, uma antiga república soviética de 45 milhões de habitantes, conheceu dois levantamentos populares no espaço de duas décadas.
Mais de duas centenas de pessoas pereceram no levantamento de 2014, que incluiu confrontos de rua, e resultou no derrube do presidente pró-russo Viktor Ianoukovitch.
Pouco depois, a Federação Russa anexou a península ucraniana da Crimeia. Semanas mais tarde, o leste da Ucrânia entrou em estado de guerra com separatistas pró-russos, dos quais Moscovo, apesar de várias negações, é considerado o padrinho político e militar.
Este conflito já causou mais de 13 mil mortos e cerca de 1,5 milhões de deslocados. A intensidade dos combates baixou acentuadamente desde 2015, depois de assinados acordos de paz, mas o processo político não avança desde então.
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