Em resposta a um jornalista, em conferência de imprensa após reunião com o governo, Trump admitiu enviar o “animal” para a prisão da base militar dos Estados Unidos situada em Cuba. “Com certeza que vou considerar isso. Enviá-lo para Gitmo”, disse, usando o diminutivo atribuído à base que o anterior Presidente Barack Obama prometeu fechar, mas não o fez.
A declaração de Trump surgiu depois de o senador republicano Lindsey Graham ter apelado ao Presidente que trate como combatente inimigo o condutor da carrinha que investiu contra quem passava numa ciclovia no coração de Nova Iorque.
O atacante — que ainda não foi acusado formalmente — tem sido identificado como Sayfullo Saipov, de 29 anos, natural do Uzbequistão, com carta de condução da Flórida e residência em Nova Jérsia. Segundo o jornal New York Times, trabalhava como motorista da Uber e já estaria no radar da polícia americana.
O suspeito foi detido após o ataque, mas ainda está hospitalizado, depois de ter sido atingido no abdómen.
Na mesma conferência de imprensa, Trump repetiu o que já havia publicado na rede social Twitter: que pretende acabar com o Programa de Lotaria de Vistos de Diversidade e substitui-lo por uma “imigração baseada no mérito”.
Segundo o Presidente dos Estados Unidos, Sayfullo Saipov entrou nos Estados Unidos através do Programa de Lotaria de Vistos de Diversidade, “juntamente com outras 23 pessoas”.
Os responsáveis locais de Nova Iorque já rejeitaram as críticas presidenciais ao programa de vistos, criticando Trump pela oportunidade das declarações sobre a ligação entre o atacante e a política de imigração.
O governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, confirmou que Sayfullo Saipov “está ligado” ao autoproclamado Estado Islâmico e “radicalizou-se” nos Estados Unidos.
Entretanto, o autarca de Nova Iorque, Bill de Blasio, anunciou que a maratona prevista para domingo vai realizar-se como previsto e que a segurança será reforçada.
O ataque – o primeiro em Nova Iorque com registo de mortos desde os atentados contra o World Trade Center a 11 de setembro de 2001 — causou oito mortos, entre os quais seis estrangeiros (uma belga, cinco argentinos), e feriu onze pessoas (cinco das quais estrangeiras: três belgas, uma alemã e um argentino), que estão hospitalizadas, mas fora de perigo.
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