"Se deveriam apagar a acusação na Câmara (de Representantes)? Sim, porque foi uma farsa. Foi uma farsa política total", disse aos jornalistas na Casa Branca.

Numa uma votação formal na quarta-feira, acompanhada ao vivo na televisão por dezenas de milhões de americanos, o Senado, de maioria republicana, votou pelo placar de 52 contra 48 para absolver Trump de abuso de poder e 53 contra 47 para libertá-lo da acusação de obstrução do Congresso.

As duas acusações contra ele foram aprovadas em 18 de dezembro pela Câmara dos Deputados, controlada pelos democratas.

Na quinta-feira, num ato na Casa Branca que definiu como uma "celebração", Trump apareceu entusiasmado pela sua vitória, mas também furioso, descrevendo os seus oponentes democratas como "vis" e "perversos".

O líder da minoria republicana na Câmara de Representantes, Kevin McCarthy, disse que se o seu partido recuperar o controlo nas eleições gerais de novembro, tentará revogar ou anular o julgamento político.

Trump também atacou a presidente democrata da Câmara, Nancy Pelosi, que rasgou em pedaços uma cópia do seu discurso sobre o Estado da União no Congresso na terça-feira depois de o ter lido. "Isso foi terrível, foi terrível, muito desrespeitoso", disse ele, "e na verdade muito ilegal", acrescentou.

Após o seu processo de impeachment, que começou seis meses atrás com revelações sobre o congelamento de uma ajuda militar americana à Ucrânia sob pressão de Trump para Kiev investigar o seu rival político Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos quer concentrar-se na sua reeleição em novembro.

Nesta sexta-feira, enviou um novo tweet aos seus adversários democratas, criticando-os pelos problemas técnicos que enfrentaram nas primárias em Iowa.