Numa série de tweets que visaram diretamente Mueller, Trump argumentou que teve "uma relação comercial muito desagradável e polémica" com o procurador especial escolhido pelo Departamento de Justiça norte-americano para investigar uma suposta ingerência de russos nas últimas eleições dos EUA.

A mensagem marca a primeira vez que Trump se estende publicamente sobre as suas vagas denúncias a respeito da existência de conflitos de interesse de Mueller.

"Robert Mueller irá alguma vez revelar os seus conflitos de interesse em relação ao presidente Trump, incluindo o facto de que tivemos uma relação muito polémica e desagradável de negócios, [sendo] que o rejeitei como novo líder do FBI (um dia antes de ser nomeado procurador especial) e que Comey é seu amigo próximo?", escreveu Trump.

James Comey foi demitido como diretor do FBI em maio de 2017 por Trump e, desde então, foi muito crítico com o presidente.

Em janeiro, o jornal "The New York Times" publicou que Trump tentou demitir Mueller em junho de 2017, mas recuou depois do assessor da Casa Branca Don McGahn ameaçar demitir-se caso levasse o seu intento até ao fim.

O The New York Times revela que Trump citou três conflitos de interesses que — segundo ele — desqualificariam Mueller para continuar a sua investigação.

Os supostos conflitos incluem uma disputa sobre as taxas de sócios no Clube Nacional de Golfe, do qual Trump é proprietário; o trabalho para um escritório de advogados que uma vez representou o genro, Jared Kushner; e, finalmente, uma reunião para ser diretor do FBI um dia antes de ser nomeado procurador especial.