Segundo o procurador do estado de Nova Iorque, Eric Schneiderman, mais de seis mil ex-alunos da agora extinta universidade vão beneficiar da indemnização de 25 milhões de dólares. Este acordo representa “uma importante vitória para mais de seis mil vítimas desta universidade fraudulenta”, disse.
O acordo encerra duas ações coletivas e um julgamento iniciado pelo procurador-geral Schneiderman em 2013 contra Trump. Os alunos diziam ser vítimas de propaganda enganosa, já que não beneficiaram dos serviços prometidos pela instituição, nomeadamente sobre as matérias lecionadas e professores escolhidos.
"Embora não tenhamos dúvidas de que a Trump University teria prevalecido num julgamento baseado nos méritos do caso, a resolução desse assunto permite ao presidente eleito Trump centrar toda a sua atenção nos importantes assuntos que a nossa grande nação enfrenta", disse o porta-voz do empresário num comunicado transmitido pela CNN.
Durante muito tempo, Donald Trump disse não temer um processo, alegando que desta forma poderia provar a sua inocência.
Em plena campanha eleitoral, publicou uma mensagem no Twitter afirmando que poderia aceitar um acordo, mas que iria avançar com o caso "por uma questão de princípio".
Na semana passada, em Los Angeles, durante uma audiência realizada no âmbito do primeiro processo, o seu advogado afirmou que Trump estava aberto à possibilidade de alcançar um acordo amistoso.
Ao longo da corrida à Casa Branca, Trump criticou reiteradamente o juiz encarregado do processo coletivo, Gonzalo Curiel, acusando o magistrado nascido no Indiana (norte dos EUA) de não poder ser imparcial por causa das suas origens mexicanas. De recordar que, durante a campanha, Trump prometeu construir um muro na fronteira com o México e várias vezes fez declarações polémicas contra os mexicanos.
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